Prefeitura lança o projeto Fala que Alimenta, com formação gratuita sobre comunicação e engajamento social. As inscrições vão até 9 de novembro
A Prefeitura do Recife lançou nesta quinta (16), Dia Mundial da Alimentação, o Fala que Alimenta, uma formação gratuita voltada a jovens da cidade para discutir comunicação, engajamento e alimentação saudável. A iniciativa tem apoio do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e da Umane, com execução da Angola Comunicação. As inscrições ficam abertas até 9 de novembro, e a expectativa é que o projeto seja replicado em outras cidades do país.
A formação abordará temas como segurança alimentar, mudanças climáticas e comunicação popular. “A ação reconhece o papel estratégico das juventudes enquanto lideranças potentes para promover o engajamento e a mobilização das comunidades na agenda de promoção da alimentação adequada e saudável, especialmente em contextos de vulnerabilidade social e desigualdade”, explicou Gisele Bortolini, coordenadora-geral de Promoção da Alimentação Saudável no MDS. “Vamos começar no Recife, mas a expectativa é compartilhar os aprendizados em outros territórios e inspirar novas políticas públicas.”



São 60 vagas destinadas a jovens de 18 a 29 anos, com prioridade para mulheres (cis e trans), pessoas negras, LGBTQIAPN+ e beneficiários de programas sociais. As aulas acontecerão entre dezembro de 2025 e abril de 2026, em formato híbrido, com seis módulos – três presenciais e três virtuais. A PCR oferecerá recarga de celular, ajuda de custo e alimentação durante os encontros. “A Prefeitura do Recife vai mobilizar os jovens da cidade para participar da iniciativa, fortalecendo o engajamento das juventudes na promoção da alimentação adequada e saudável”, afirmou Pâmela Alves, secretária de Assistência Social e Combate à Fome.
Transformação – Além de abordar a comunicação como ferramenta de mudança social, o curso também tratará de temas como inteligência artificial, produção audiovisual e planejamento estratégico. “O desejo de comunicar e criar conteúdo cresce de forma acelerada entre as juventudes brasileiras”, comentou Catarina de Angola, diretora da Angola Comunicação. “Esse desejo aponta para um campo fértil de atuação: jovens que desejam ocupar espaços nas redes e protagonizar as suas próprias histórias.”
Embora o Brasil tenha saído novamente do Mapa da Fome, mais de 28 milhões de pessoas ainda vivem em insegurança alimentar, e a obesidade entre jovens cresceu 90% em um ano. Para Evelyn Santos, gerente de investimento e impacto social da Umane, o cenário reforça a urgência da iniciativa. “É fundamental promover políticas públicas que garantam o acesso à informação e espaços de escuta ativa, fortalecendo o autocuidado coletivo e enfrentando as desigualdades”, destacou.
Fotos: Helton Nóbrega, divulgação e Edson Holanda/PCR