Festival de Teatro do Agreste apresenta 21 espetáculos em Caruaru e no Recife

Feteag chega à 34ª edição com produções de 6 países, mostras locais, programação infantil e oficinas formativas gratuitas

De 9 a 26 de outubro, o Festival de Teatro do Agreste realiza sua 34ª edição, tendo como palco Caruaru e Recife. São 21 espetáculos, entre produções nacionais e internacionais, além de atividades formativas e apresentações musicais. Toda a programação é gratuita.

Reconhecido como o festival de artes cênicas mais longevo de Pernambuco, o Feteag é realizado pelo Teatro Experimental de Arte (TEA) e busca inserir o Agreste em um circuito global de produção artística. A diversidade de linguagens e temáticas atravessa a curadoria de 2025, que reúne companhias de Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraná, além de grupos da França, Argentina, Chile, Camarões, Burkina Faso e Guadalupe.

A abertura acontece no Recife, no Teatro Luiz Mendonça, com o espetáculo francês À mon seul désir, de Gaëlle Bourges, nos dias 9 e 10 de outubro. Em Caruaru, o festival recebe montagens internacionais como Le Quai de Ouistreham, La Vérité vaincra/LULA, Les Sans, L’Opéra du Villageois e Corpos, reforçando a dimensão intercultural e política do encontro.

A programação também promove intercâmbios com a América do Sul. A argentina BiNeural-MonoKultur apresenta Dancemos…Que O Mundo Acaba!
e o chileno Teatro Container traz La Cocina Pública, experiência comunitária que será realizada no Assentamento Normandia, em Caruaru. Entre os brasileiros, destacam-se as companhias Magiluth (PE), Cia de Atores à Deriva (RN), Trupe Ave Lola (PR) e MANADA Teatro (CE).

Infâncias – A Mostra PE selecionou cinco trabalhos entre 57 inscritos, todos em cartaz no Teatro Rui Limeira Rosal, em Caruaru. Foram escolhidos Itaêotá, do Grupo Totem; Circo Godot, da Cia Circo Godot de Teatro; Se eu fosse Malcolm?, de Eron Villar e DJ Vibra; Tempo de vagalume, de Joesile Cordeiro; e Bolor, de Gabi Holanda, Guilherme Allain e Isabela Severi.

Direcionada para alunos da rede pública de ensino, a Mostra Erenice Lisboa leva ao Teatro Lycio Neves o espetáculo O Vira-lata, da Trupe Ave Lola, de 20 a 24 de outubro. Após cada sessão, haverá bate-papo entre artistas e plateia, estimulando a formação de público infantil. Também no Lycio Neves, acontece o show Inquieta, de Larissa Lisboa, com participação de Gabi da Pele Preta, no dia 25.

No campo formativo, oficinas aproximam artistas e espectadores em processos criativos. A coreógrafa francesa Gaëlle Bourges ministra atividades em 7 e 8 de outubro, enquanto o Teatro Container conduz vivência de 9 a 17. Nos dias 18 e 19, ocorre a oficina Vendas e Mordaças – uma vivência para mulheres, e no dia 24 o coreógrafo Hubert Peti-Phar conduz o workshop Corpos e Territórios, inspirado em tradições afro-diaspóricas e brasileiras.

O encerramento será no Teatro de Santa Isabel, no Recife, com Em algum lugar no início, de Germaine Acogny e Mikaël Serre, em parceria com o 28º Festival Internacional de Dança do Recife. A apresentação simboliza a conexão entre o Agreste e o litoral, consolidando o Feteag como espaço de trocas artísticas, resistência cultural e reinvenção coletiva.

Wilfred Gadêlha

Nascido em Goiana-PE no período pleistoceno, Wilfred Gadêlha é formado em jornalismo pela UFPE. Atuou em vários veículos como repórter e editor, é geminiano, metaleiro e metido a cantor. Já escreveu livros, apresentou programa de rádio e dirige e roteiriza documentários que ninguém viu. Também foi secretário de Comunicação na terra-natal e em São Lourenço da Mata e fez várias campanhas - algumas perdeu e outras ganhou.

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