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Sobre palavrões, nomes feios e palavras de baixo calão

Eu acho que o palavrão é um sujeito mal-entendido. É um tipo de expediente verbal ou escrito que não tem comparação. Nenhuma palavra se iguala a um palavrão bem empregado na hora certa.

Não se bate com o dedo mindinho na quina da mesa sem gritar um palavrão. Quando o seu time perde um pênalti, todo mundo chama um nome feio. Quando alguém te pergunta se tinha muita gente no Galo da Madrugada, o palavrão é obrigatório.

Eu sou a favor do palavrão, p…oxa! Mas, há casos e casos. Tem situação que a pessoa tá impedida, por códigos morais e sociais, muitas vezes não escritos, de dizer um vocábulo de baixo calão. Nas relações familiares, por exemplo. Com irmão até que pode. Mas, com pai e mãe, aí chamar palavrão aí é f…eio.

Outro contexto que não se pode usar xingamentos pesados é o religioso. Deve ser até pecado pensar em insultar o seu genitor com uma saraivada de nome feio. Até porque, no cristianismo, tá lá nas tábuas que Moisés disse que recebeu de Deus: “Honrar pai e mãe”. 

Pode parecer que eu misturei os parágrafos, mas não: só nesta quinta a gente soube de um filho xingando o pai com palavrões cabeludíssimos e um pastor usando palavrões praticamente como vírgula. 

Sem qualquer hipocrisia, até eu, que sou ateu não-praticante e defensor do palavrão, achei uma p…utrefação moral.


Ao assistir tudo isso, chega dá vontade de soltar um palavrão daqueles. Né?

PS: e a governadora até agora não deu uma palavrinha sobre seu (agora ex) assessor especial. 

Vou não

No pós-sessão desta quarta 20, a líder do governo, Socorro Pimentel, quis levar a deputada Dani Portela ao Palácio das Princesas para falar pessoalmente com a governadora Raquel Lyra. Dani não aceitou o convite, preferiu ir para casa ficar com o filho Jorge. Mas, disse a Socorro, que, se a governadora telefonasse para ela, atenderia à ligação. Pois até agora nada de Raquel ligar.

Lama, lama, lama

Um atento observador da cena política pernambucana anda preocupado com os rumos da rixa entre o governo do Estado e a oposição na Assembleia Legislativa. Para ele, a temperatura está muito alta para o período, a mais de um ano das eleições. E agora a CPI do Bilhão. “Não se sabe até onde isso pode chegar. Raquel e Álvaro fazem política com o fígado. Se continuar assim, 2026 vai ser de muita lama, lama, lama”, opinou.

Aeroporto em Goiana

O ministro Silvio Costa Filho recebeu o prefeito de Goiana, Marcílio Régio, e representantes do grupo Sada, ligado à Stellantis, para discutir a construção de um aeroporto no município. A proposta faz parte da estratégia do governo Lula de reforçar a infraestrutura logística com apoio da iniciativa privada. Também participaram do encontro, em Brasília, os deputados Sileno Guedes e Júnior Uchoa e o prefeito de Itambé, Armando Pimentel.

Devotos

A banda Devotos será eternizada como Patrimônio Cultural Imaterial do Recife com o descerramento de uma placa nesta sexta (22), às 14h, na fachada da casa do baixista e vocalista Cannibal, no Alto José do Pinho. A homenagem, de autoria da vereadora Cida Pedrosa (PCdoB), reconhece mais de três décadas da trajetória do trio de punk rock hardcore recifense.

Wilfred Gadêlha

Nascido em Goiana-PE no período pleistoceno, Wilfred Gadêlha é formado em jornalismo pela UFPE. Atuou em vários veículos como repórter e editor, é geminiano, metaleiro e metido a cantor. Já escreveu livros, apresentou programa de rádio e dirige e roteiriza documentários que ninguém viu. Também foi secretário de Comunicação na terra-natal e em São Lourenço da Mata e fez várias campanhas - algumas perdeu e outras ganhou.

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