Primeira reunião será presidida por Dani Portela, autora do requerimento que criou a comissão
A CPI do Bilhão será instalada na Assembleia Legislativa de Pernambuco às 8h desta terça-feira (19). A reunião de abertura será presidida pela deputada Dani Portela (PSOL), autora do requerimento que originou a investigação, e nela serão escolhidos presidente, vice-presidente e relator. A comissão terá um prazo inicial de 120 dias, com término previsto para 16 de dezembro de 2025, podendo ser prorrogado por mais 90 dias, até 16 de março de 2026.
Composição
O bloco de oposição, que reúne PSB, Republicanos e PSOL, agora ampliado com MDB, PRD e PSDB, indicou quatro nomes:

- Dani Portela (PSOL) – autora do pedido da CPI;
- Diogo Moraes (PSDB);
- Rodrigo Farias (PSB);
- Waldemar Borges (MDB).
O União Brasil, também de oposição, fez sua escolha:
- Antonio Coelho (UB).
Com isso, a oposição soma cinco cadeiras titulares.
Já a base governista terá quatro parlamentares:
- Antônio Moraes (PP);
- João Paulo (PT);
- Wanderson Florêncio (Solidariedade);
- Nino de Enoque (PL) – indicação alinhada ao Palácio.
Assim, a correlação de forças dentro da CPI do Bilhão ficou em 5×4 para a oposição: Dani, Diogo, Farias, Waldemar e Coelho contra Moraes, João Paulo, Wanderson e Nino.
Blocão governista
A definição da composição ocorreu em meio a mudanças que ocorreram nesta segunda na Alepe. MDB, PRD e PSDB deixaram de integrar a base do governo Raquel Lyra, o que alterou o desenho dos blocos parlamentares. O blocão governista conta atualmente com 19 deputados (quatro do Solidariedade, sete da federação PV/PV/PCdoB e oito do PP), enquanto a oposição, reforçada pelas dissidências, reúne 20 parlamentares.
O que será investigado

A CPI do Bilhão terá como alvo os contratos bilionários firmados pelo governo de Raquel Lyra em áreas como publicidade, tecnologia e saúde. Entre os pontos que motivaram a investigação está o DódiGate, escândalo marcado por suspeitas de ligação de Waldemiro Ferreira Teixeira, o Dódi, primo da governadora, com uma das agências de publicidade contratadas pelo Estado. Também entram na lista de apurações as dispensas de licitação, os aditivos milionários e a concentração de recursos em poucos fornecedores, que levantaram dúvidas sobre o uso dos cofres públicos.