Manoel Medeiros Neto afirma que não se dobrará à “velha política” após ser acusado de liderar gabinete do ódio por Álvaro Porto
O assessor especial da governadora Raquel Lyra, Manoel Medeiros Neto, confirmou ser o autor das denúncias contra a deputada Dani Portela apresentadas aos órgãos de controle, no âmbito da CPI do Bilhão. Ele foi identificado por câmeras de segurança em uma lan house, de onde saíram os documentos encaminhados de forma anônima. Medeiros, no entanto, afirmou que utilizou esse recurso como medida de proteção e rechaçou as acusações de que lideraria um suposto “gabinete do ódio”.
Segundo Medeiros, a Polícia Legislativa foi acionada para investigá-lo de maneira ilegal, apenas porque exerceu sua cidadania ao denunciar indícios de corrupção. “Fui invadido e exposto simplesmente por denunciar um possível esquema de corrupção”, declarou.
Defesa
Medeiros destacou que o anonimato é um direito assegurado a qualquer cidadão que se sinta ameaçado ao apresentar denúncias. Para ele, a tentativa de expor sua identidade busca intimidá-lo e criminalizar o exercício legítimo da cidadania e da fiscalização. “Pernambuco não se dobrará à velha política. A intimidação – típica dos tempos de regimes totalitários – precisa ficar para trás”, afirmou.
O assessor também frisou que sua trajetória, como jornalista e como servidor público, sempre esteve vinculada ao combate à corrupção. Ele disse ainda que a prioridade deveria ser o aprofundamento das investigações da CPI, e não o ataque pessoal a quem cobra transparência.