A deputada estadual Débora Almeida (PSDB), aliada da governadora Raquel Lyra, conquistou nova vitória na Justiça e reassumiu a liderança da bancada tucana na Assembleia Legislativa de Pernambuco. Ela havia sido destituída na segunda-feira passada, quando a executiva interventora do partido, comandada no Estado pelo presidente da Alepe e do PSDB, Álvaro Porto, substituiu-a pelo deputado Diogo Moraes (ex-PSB). Com a decisão que suspendeu os efeitos da reunião, Débora já pediu oficialmente sua reinclusão na CPI do Bilhão como representante tucana.
O caso foi analisado pelo juiz Fernando Jorge Ribeiro Raposo, da 16ª Vara Cível do Recife. Ao indeferir o pedido de reconsideração do PSDB, o magistrado frisou que os prazos e normas estatutárias “não são mero preciosismo desnecessário”, mas garantias de legitimidade dos processos internos. Ele acrescentou ainda que “sem tempo adequado, não há participação consciente”, reforçando que o respeito aos prazos evita decisões tomadas de surpresa e assegura igualdade entre correntes partidárias .
Em ofício encaminhado ao presidente da Alepe, Álvaro Porto, e ao secretário-geral da Mesa, Maurício da Fonte, Débora pediu a anulação dos atos da reunião suspensa, incluindo os ofícios que reconheceram Diogo Moraes como líder. Também solicitou a recontagem da distribuição das cadeiras das comissões e a invalidação da ata de instalação da CPI do Bilhão, publicada em 19 de agosto, por vício de origem
Porto ainda pode recorrer, mas a a vitória judicial devolve a Raquel uma aliada estratégica dentro da CPI do Bilhão, palco central das investigações contra o governo.
Procurado por O Fervo, o presidente da Alepe optou por não comentar.