O Agente Secreto é Pernambuco (e o Brasil) no Oscar 2026

A produção de Kleber Mendonça Filho disputou a vaga brasileira com outros cinco finalistas, incluindo dois filmes de realizadores pernambucanos:O Último Azul (Gabriel Mascaro) eManas (Marianna Brennand)

O longa-metragem O Agente Secreto, dirigido por Kleber Mendonça Filho, foi escolhido pela Academia Brasileira de Cinema para representar o Brasil na categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar 2026. Ambientado no Recife de 1977, acompanha Marcelo, interpretado por Wagner Moura, um especialista em tecnologia que volta à cidade natal em busca de tranquilidade e acaba envolvido num cenário de vigilância política e tensões autoritárias.

Kleber Mendonça Filho e Wagner Moura durante as filmagens de O Agente Secreto

Este ano, seis filmes finalistas disputavam a vaga brasileira para o Oscar: Baby (Marcelo Caetano), Kasa Branca(Luciano Vidigal), Manas(Marianna Brennand), O Agente Secreto(Kleber Mendonça Filho), O Último Azul(Gabriel Mascaro) e Oeste Outra Vez(Erico Rassi). Dois desses são de realizadores pernambucanos (Manase O Último Azul), o que reforça a força do cinema do Estado. 

No Festival de Cannes 2025, O Agente Secreto conquistou prêmios importantes: Melhor Direção para Mendonça Filho, Melhor Ator para Wagner Moura, além do Prêmio da Crítica (FIPRESCI) e o Prix des Cinémas d’Art et Essai. 

O filme estreia nos cinemas brasileiros em 6 de novembro de 2025, com distribuição da Vitrine Filmes. Ele é uma coprodução internacional (Brasil, França, Alemanha e Holanda) que retrata, com muito rigor estético, o clima social dos anos de ditadura militar, usualmente pouco explorados no cinema brasileiro. 

Antes da estreia nacional, o filme teve uma pré-estreia em 10 de setembro no Recife, com sessões no Cinema São Luiz e no Cineteatro do Parque. O diretor e o elenco,  incluindo Wagner Moura, Maria Fernanda Cândido e Robério Diógenes, participaram, e o evento contou com apresentações culturais que celebraram a memória histórica da cidade.

Wilfred Gadêlha

Nascido em Goiana-PE no período pleistoceno, Wilfred Gadêlha é formado em jornalismo pela UFPE. Atuou em vários veículos como repórter e editor, é geminiano, metaleiro e metido a cantor. Já escreveu livros, apresentou programa de rádio e dirige e roteiriza documentários que ninguém viu. Também foi secretário de Comunicação na terra-natal e em São Lourenço da Mata e fez várias campanhas - algumas perdeu e outras ganhou.

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